sexta-feira, 24 de julho de 2009

São duas da manhã e eu ainda nao adormeci. Ouço a chuva lá fora cair no chão e enquanto nao cai parece que grita com medo de se magoar.
Fui a janela.
Encontrei uma gota no chão a chorar; nao encontrava o seu norte.
Parecia ter perdido os seus amigos, a sua familia, o seu mais-que-tudo. Por mais que as restantes gotas que ia encontrando neste meu pátio tentassem captar a sua atenção, ela so pensava no que tinha perdido; no seu verdadeiro amor.
Veio ter comigo e pediu-me auxilio. Perguntou-me se sabia o que era estar apaixonada. Respondi-lhe que não.
Ela durante horas me explicou o que estava sentindo. Tentei procurar o seu amor. Já estava quase abrindo o sol e eu continuava, olhando o chão procurando algo que nao percebera naquela altura.
O sol chegou logo de manhãzinha.
Secou todas as gotas do meu pátio.
Que frustração! Não consegui encontrar o que procurava.
Será que a gota voltou a reencontrar o seu amor? Por vezes, parecia sentir aquilo que a pequena gota estava vivendo. Mas ela reencontraria, lá no alto em outra nuvem seu amor.
O meu estava perdido para sempre.

1 comentário:

  1. Gostei imenso deste teu pequeno texto. Assemelha-se bastante a uma história, digo eu, em que há o circuito que a pequena gota de água quer realizar.
    De facto, na realidade, todas nós somos umas pequeninas gotas de água, não achas? =)

    Beijinho.

    <3

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